Recomendações de uma podologista para prevenir as calosidades nos pés
Surgem para proteger o pé de uma agressão externa ou interna.
Aparecem em zonas de maior pressão e/ou fricção e são um «mecanismo natural de defesa da própria pele em resposta a estas alterações», refere a podologista Joana Azevedo.
«Tal como as bolhas, os calos podem estar associados ao calçado inadequado bem como a alterações biomecânicas do pé», alerta a especialista. Só é possível tratar definitivamente um calo se for tratada a alteração que o origina. Joana Azevedo não aconselha o uso de limas ou lixas de qualquer espécie, pois «promovem atrito e fricção da pele, que se sente agredida e cria mais pele como defesa do estímulo nocivo.
Este procedimento errado leva a um ciclo vicioso de hiperqueratose (endurecimento da pele)». Em alternativa, «recomenda-se o uso de cremes queratolíticos e pedra-pomes natural (pois é suave e não provoca agressões da pele) e o desbridamento mecânico das calosidades executado por um podologista». De acordo com Joana Azevedo, «é o tratamento correto e indicado para a remoção e eliminação definitiva das calosidades».
Fonte:
Texto: Cláudia Vale da Silva com Joana Azevedo (podologista na Clínica Parque do Estoril)
A responsabilidade editorial desta informação é da revista PREVENIR.
Os cuidados que protegem os seus pés desta patologia
Aparecem frequentemente quando as condições do meio se tornam ideais para o desenvolvimento de fungos.
«O ambiente quente, húmido, fechado e escuro que algum calçado proporciona é favorável ao desenvolvimento de fungos, que facilmente penetram na nossa pele», alerta Joana Azevedo, podologista.
O contágio é mais frequente em locais como piscinas e balneários públicos ou através de toalhas mal lavadas.
O tratamento local da patologia passa pelo «uso de antifúngicos locais e/ou orais, antissépticos, adstringentes e/ou queratolíticos», que devem ser aconselhados por um podologista ou por um dermatologista.
Como prevenir
É importante criar hábitos de higiene adequados, «lavando os pés com água e sabão neutro, e secando cuidadosamente os espaços entre os dedos, sem esfregar a pele».
Joana Azevedo aconselha arejar e alternar o calçado e diz que «o uso de meias 100% de algodão é fundamental para evitar o aquecimento da pele, bem como evitar reações adversas por contacto com fibras sintéticas, servindo também para absorver a transpiração». Para além disso, observe os pés regularmente e trate de imediato o pé de atleta (micose frequente) para evitar a sua progressão.
Fonte:
Texto: Cláudia Vale da Silva com Joana Azevedo (podologista na Clínica Parque do Estoril)
A responsabilidade editorial desta informação é da revista PREVENIR.
"A designação «pé de atleta» é vulgarmente entendida como a infecção dos pés por fungos denominados «dermatófitos»
O que é o pé de atleta ?
A designação «pé de atleta» é vulgarmente entendida como a infecção dos pés por fungos denominados «dermatófitos». Também se denomina correntemente como micose dos pés, uma vez que qualquer infecção por fungos é uma micose. Esta palavra tem origem grega (mikos) e significa precisamente fungo.
A infecção localiza-se sobretudo nas pregas interdigitais dos pés, sobretudo na que une o 4º e 5º dedos. Causa prurido, descamação, maceração e fissuras. Pode estender-se às outras pregas interdigitais, ao sulco comum dos dedos e à superfície plantar dos pés. Atinge também as unhas. Pode disseminar-se para outras áreas da pele, especialmente para as virilhas.
O doente com pé de atleta pode contagiar outras pessoas?
Pode, a doença é contagiosa. A transmissão efectua-se pelos esporos do fungo - especialmente em locais fechados e pouco arejados. Pensa-se que a humidade possa também constituir factor favorável à disseminação. Contudo, os fungos que originam o pé de atleta não revelam grande virulência. Pensa-se ser mais importante certa susceptibilidade individual, que facilita a infecção, mas cuja natureza é ainda desconhecida.
O que são fungos dermatófitos?
São fungos que se desenvolvem efectivamente na pele humana e de animais, por meio de estruturas filamentosas ramificadas e septadas denominadas "hifas". O conjunto das hifas constitui o chamado "micélio", o qual se nutre de uma proteína existente na superfície da pele denominada ceratina. Por esta razão são também denominados fungos ceratinofílicos.
Há mais do que um tipo de fungo dermatófito?
Os fungos dermatófitos que mais frequentemente causam o pé de atleta pertencem a dois géneros - Trichophyton e Epidermophyton. Destes, as espécies Trichophyton rubrum e Trichophyton mentagrophytes são as mais comuns. A frequência de T. rubrum tem vindo a aumentar ao longo dos últimos decénios.
Como se transmite o pé de atleta?
O problema da possível contaminação ambiental por fungos causadores de pé de atleta em ginásios, piscinas, instalações de apoio dos veraneantes e praias tem sido estudado em Portugal, à semelhança do que sucede em outros países.
No entanto, importa salientar que o número de géneros e espécies de fungos existentes no ambiente é normalmente muito elevado, mas que apenas alguns originam pé de atleta e outras micoses.
No Laboratório de Micologia da Clínica Dermatológica Universitária de Lisboa foram conduzidos estudos referentes à contaminação por fungos causadores destas micoses em balneários, ginásios e areias de praias.
Um destes estudos incidiu sobre balneários de 5 ginásios em Lisboa (l84 amostras) e 6 vestiários de praias da zona de Lisboa (91 amostras), estes últimos durante a época balnear.
As colheitas efectuaram-se em ralos dos duches, estrados de madeira dos duches, lava-pés, tampos de sanitas, bancos de madeira e áreas de apoio de pés descalços. Isolaram-se 26 estirpes de fungos dermatófitos nos balneários dos ginásios (11 T. mentagrophytes var. interdigitale, 12 T. mentagrophytes var. granulare e 3 T. terrestre) e 2 estirpes de T. mentagrophytes var. interdigitale nos balneários das praias.
Outro estudo incidiu sobre 20 praias no período de verão. As colheitas de areia para análise efectuaram-se ao fim da tarde, em 3 locais distintos: junto à orla marítima; junto ao terreno limitante da praia; em plena praia, a meia distância entre os dois pontos referidos.
Sempre que possível a colheita foi efectuada em pontos de impressão de pés descalços. Não se isolaram fungos dermatófitos. Em um único caso isolou-se uma estirpe de M. gypseum. Identificaram-se, contudo, numerosas estirpes de fungos não causadores de micoses humanas.
Estes estudos, em conjugação com outros internacionais, permite concluir pela baixa probabilidade de contaminação das areias das praias por fungos dermatófitos, provavelmente por falta de condições para a sua sobrevivência.
Pelo contrário, a contaminação de ginásios e de balneários constitui fonte importante de contágio do pé de atleta e de outras dermatofitias, a exigir cuidados sanitários adequados."
Fonte: canal sapo saúde_consultorios
A responsabilidade editorial e científica desta informação é da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venearologia
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