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Este blog foi feito a pensar na saúde e bem-estar dos seus pés. Espero que lhe seja útil! Compostos por 26 ossos, 33 articulações, 20 músculos e mais de 100 ligamentos, os pés são o alicerce de todo o corpo, e é deles que depende o equilíbrio do aparelho locomotor. A saúde e o bem estar dos nossos pés deve ser mais do que uma simples preocupação estética e requer os cuidados especializados de um Podologista.

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Domingo, 13 de Janeiro de 2008

O Calçado e o doente Diabético

          Os pés dos pacientes diabéticos devem ser sempre objecto de estudo e dedicação para os podologistas dada a fragilidade das estruturas a ele inerentes, as deformações específicas dos pés e a ausência precoce de sensibilidade.
                     Na realidade, segundo estudos recentes, o calçado inadequado é o principal factor precipitante das lesões ulcerativas do pé diabético.
                     A instabilidade do pé diabético associada à falência de mecanismos de protecção intrínsecos e ausência de sensibilidade às agressões extrínsecas, aumentam o risco de aparecimento de hiperpressões, deformações e possivelmente ulcerações.
 
                     Quando existe ausência de sensibilidade do pé, o aconselhamento do podologista na compra do calçado é fundamental para protecção eficaz do pé e simultaneamente para correcção do seu posicionamento, com distribuição das hiperpressões, correcção das deformações reversíveis e protecção das irreversíveis.
  
          Se a sensibilidade estiver mantida, o diabético poderá adquirir o seu calçado, mas sempre com indicação que deve ser confortável, adaptado e protector.
  
          O calçado para diabéticos designado de semi-ortopédico de prevenção deve respeitar as seguintes características.
 
 
          Sapatos macios e maleáveis evitando costuras interiores, para evitar zonas de fricção, potenciais locais do aparecimento de lesões;
 
           A parte anterior ampla com boa caixa, biqueira arredondada, para evitar posicionamentos viciosos que possam contribuir de forma directa para a deformação dos dedos, onicocriptoses (unhas encravadas), hematomas subungueais, hiperqueratoses e um consequente meio interdigital quente e húmido facilitando a maceração da pele, originando a proliferação de fungos e bactérias;
 
           Deverá movimentar os dedos no sapato;
 
          O tacão deverá ter entre 2 a 2,5cm;
 
           A região dorsal do sapato deverá ter a capacidade de distensão mediante cordões ou velcro;
 
          Calcanhar com contraforte;
 
           Bordo de abertura do sapato almofadado;
  
          Sola rígida mas flexível e antiderrapante;
  
          Caixa alta e ampla, para sentir os pés confortáveis e bem adaptados aos sapatos, não devem ser apertados nem demasiado folgados, habitualmente adquire-se um número acima.
 
          Enquanto novos, não iniciar a marcha com períodos superiores a duas horas e deverá examinar cuidadosamente os pés.
 
          O diabético deverá experimentar os sapatos ao fim do dia, quando os pés se encontram mais edemaciados.
 
           Dentro do calçado semi-ortopédico temos os sapaos de prevenção que são os standardizados (já referidos) e os de ajustamento individual que permitem efectuar alterações personalizadas à deformidade do doente, como no caso de Hallux Abductus Valgus, joanetes, dedos em garra. O sapato ortopédico é aquele que é confeccionado através do molde do pé do doente.
  
          Depois de bem calçado deve-se avaliar todas as zonas sujeitas a traumatismo e confeccionar sistemas de alívio de pressão, como é o caso das ortóteses de silicone e das ortóteses plantares, podendo estes sere usados para a prevenção das lesões e para acelerar a cura das úlceras, nunca esquecendo a máxima PÉ - ORTÓTESE - SAPATO. 
  
 Texto adaptado da monografia do VIII Congresso Europeu de Podologia / I Congresso da Associação Portuguesa de Podologia: Uma Dinâmica Europeia; Conferência: "O calçado e o doente diabético", Dra. Rosa Teles Costa, Torre do Tombo, Junho de 2006
 
 

publicado por Dra. Joana Azevedo às 20:48

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Calos/Calosidades

Os calos ou calosidades apresentam três formas clínicas distintas: helomas, tilomas e hiperqueratoses.
Dependendo das suas características e da forma como são tratados, podem ou não deixar alterações cutâneas visíveis e sintomáticas, mas de uma forma geral é possível eliminá-los de forma a que a pele adquira o seu aspecto e integridade normais.
É importante perceber que os calos surgem em zonas de maior pressão e/ou fricção e são um mecanismo natural de defesa da própria pele em resposta a estas alterações.
Desta forma só é possível tratar definitivamente um calo ou calosidade se for tratada a alteração que o origina, seja ela externa, como o calçado inadequado, ou interna, como uma alteração estrutural do pé.
Em qualquer uma das situações a intervenção de um podologista é indispensável uma vez que, para além da eliminação do calo ou calosiadade, pode previnir o aparecimento da mesma através da confecção de ortóteses digitais (normalmente de silicone) e ortóteses plantares (vulgarmente denominadas de 'palmilhas'), que são os tratamentos mais indicados para evitar o reaparecimento destas patologiase tratá-las de forma definitiva.
Contudo, existem cremes queratolíticos e emolientes que ajudam a reequilibrar a pele podem ser usados em formas simples de calosidades ou como coadjuvantes de outros tratamentos em formas clínicas mais complexas.
 

publicado por Dra. Joana Azevedo às 18:27

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Dra. Joana Azevedo
Podologista
Licenciada pela Escola Superior de Saúde do Vale do Ave. Especialização no New York College of Podiatric Medicine (NYCPM). Exerce actividade clínica desde 2003 com cédula profissional nº 128 da Associação Portuguesa de Podologia. Membro fundador do Núcleo de Podologia da ESSVA. Podologista do canal Sapo Saúde desde 2005. Actualmente tem consultórios no Estoril.

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Consultórios:

Clínica Parque do Estoril - Grupo Cordeiro Saúde
Tel. 219236381
Av. Aida, 153 Lj - 2765-187 Estoril
(em frente ao jardim do casino, a 50m da estação da CP do Estoril)



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