Quarta-feira, 25 de Maio de 2016
O que é?
Quando a unha penetra na carne junto ao dedo estamos perante uma unha encravada.
A pele forma uma barreira, mas como a unha não pára de crescer e é mais dura, penetra na pele causando dor e inflamação. Nos casos mais severos pode originar infecção com pus e sangramento.
De uma forma geral é mais frequente afectarem o primeiro dedo, mas podem afectar os outros dedos também.
Qual é a causa?
O mau corte: corte excessivamente curto das unhas ou cortar os cantos é a principal causa de unha encravada.
Pessoas activas e desportistas são particularmente atreitas a sofrerem de unha encravada, porque transpiram mais (o que facilita o amolecimento e a quebra das unhas), também estão mais sujeitas a traumatismos e micro traumatismos capazes de lesarem as unhas.
Os jovens que mexem mais nas suas unhas têm mais probabilidade de adquirirem unha encravada, do que as pessoas mais velhas, que não conseguem alcançar os seus pés facilmente.
As pessoas mais velhas que têm unhas muito grossas ou afectadas por fungos, são mais sujeitas a terem unha encravada.
Sapatos e meias apertados podem também empurrar a carne dos dedos junto das unhas, levando a que encravem na pele.
Excesso de transpiração e não mudar o tipo de calçado, concentra mais humidade, o que torna as unhas mais moles e por isso partem mais ficando mais sujeitas a encravar.
Existem outros factores tais como a postura, a forma como anda, deformações do pé como o joanete, dedos em garra ou em martelo, pronação excessiva do pé (queda do pé para dentro), entre outros.
Pode ser grave!
Se deixarmos a unha encravada sem tratamento, a infecção pode alastrar a outras zonas do pé. Quanto mais rapidamente tratar a unha encravada menos a infecção se instala e menos dor tem com o tratamento.
O que posso fazer?
Em primeiro lugar deve aprender a cortar as unhas de forma correcta. Não deve usar corta unhas, nem tesouras, pois não têm formatos de corte apropriados para os dedos e podem cortar excessivamente a unha ou até cortar a carne.
O melhor é usar um alicate de pontas rectas.
Devemos cortar as unhas de forma recta sem cortar ou arredondar os cantos. Os cantos das unhas devem permanecer visíveis e passar por cima da carne.
As unhas devem ser cortadas depois do banho quando estão mais finas e suaves.
Uma boa higiene, como trocar de meias todos os dias, optar por meias de fibras naturais como o algodão, ajudam a manter a integridade das unhas.
No verão use o mais possível sapatos abertos e arejados ou sandálias.
Se é diabético não faça auto tratamentos, como desencravar as unhas a si próprio.
O que o podologista pode fazer por si?
Se a unha encravada não for grave o tratamento passa pela simples remoção da espícula, desinfecção e assepsia do local.
Se houver infecção (granuloma) poderá ser necessário a aplicação ou toma de um antibiótico e ou antininflamatório.
Pode não se tratar de uma verdadeira unha encravada, mas sim de helomas periungueais (calos que crescem junto da unha), se assim for o podologista procede à remoção dos calos e se a unha estiver grossa ou encurvada, poderá rebaixá-la e direccioná-la.
Quando a unha encravada se torna crónica e de difícil resolução com os tratamentos mencionados, o seu Podologista/Podiatra poderá recomendar que faça uma correcção cirúrgica da unha. Trata-se de um processo de reeducação ungueal definitivo que remove entre 8 a 10% da unha. Deixando-a normalizada, sem possibilidade de encravar.
O arrancamento total da unha pode provocar alterações na matriz ungueal que frequentemente provocam deformações ou ausência definitivas da lâmina ungueal.
Após o arrancamento de uma unha os tecidos dos bordos periungueais podem 'invadir' o espaço da lâmina ungueal, que quando nasce novamente encrava ainda mais facilmente.
O arrancamento ou ablação total da unha são totalmente desaconselhados, excepto em situações especiais como em casos de neoplasias, infecções fúngicas com descolamento da lâmina ungueal entre outras.
Joana Azevedo,
Podologista
Quarta-feira, 2 de Novembro de 2011
(Artigo publicado em Outubro 2011 no Jornal 'Dica da Semana')
Cuide da sua Saúde e Bem-Estar
O uso regular de calçado fechado, essencial nos meses mais frios, propicia o aparecimento de alguns fungos nos pés, que muitas vezes são desvalorizados pelas pessoas. De facto, de acordo com um estudo realizado em 2007 pela Associação Portuguesa de Podologia, 86 por cento dos portugueses sofria de doenças nos pés, embora apenas 12 por cento dos inquiridos já tivesse ido a uma consulta de podologia, a ciência na área da saúde que estuda o pé. Segundo a podologista Joana Azevedo (http://podologia.sapo.pt/) “antes do inverno e do verão, quando mudamos de calçado aberto para fechado e de fechado para aberto respetivamente é a altura indicada procurar um podologista e fazer em check up podológico”. Mas na verdade, quer seja durante o inverno, quer seja durante o verão, existe uma série de cuidados básicos a ter em conta, por forma a manter a saúde dos pés, ou não fossem eles a base de sustentação de todo o corpo. “Lavar diariamente os pés com água não muito quente e sabão de pH neutro; secá-los cuidadosamente com uma toalha macia, especialmente entre os dedos; aplicar um creme ou uma loção hidratante para manter a pele suave e hidratada; usar sempre meias limpas e de fibras naturais, tal como o algodão, ou evitar andar descalço particularmente em locais públicos”, são alguns dos conselhos básicos avançados pela podologista Joana Azevedo, que salienta ainda a importância de “efetuar um corte retilíneo das unhas não as deixando demasiado curtas; não tentar remover as calosidades com objetos cortantes, ou de fricção e não usar calicidas ou outros produtos suscetíveis de provocar lesões ou agressões na pele”. A escolha de calçado confortável e adequado ao pé é um dos aspetos mais importantes a ter em consideração para garantir a sua saúde e bem-estar, principalmente durante o inverno (ver caixa de texto), uma vez que muitas das patologias podológicas características desta época do ano surgem precisamente devido a uma má escolha do calçado. Entre as principais patologias que podem surgir nos pés durante o inverno, destaque para os “eritemas pérnios ou frieiras, as unhas encravadas, as micoses (onicomicoses e dermatomicoses, respectivamente) e os calos e calosidades (helomas ou hiperqueratoses) provocados pela pressão dos saltos altos e/ou fricção das frentes apertadas”, diz esta podologista. Importante será referir que “o hábito de pintar constantemente as unhas também pode levar ao aparecimento de patologias ungueais, tais como as onicomicoses, pois cria uma barreira que impede a oxigenação natural e própria das unhas”, refere Joana Azevedo. Além disso, também as peles ou cutículas em volta das unhas não devem ser totalmente removidas, uma vez que funcionam como uma barreira de proteção entre a unha e a pele para determinado tipo de micro-organismos, que só provocam danos no nosso corpo se tiverem acesso a uma espécie de porta de entrada. De salientar, que quer a pessoa faça a sua própria pedicure em casa, quer a faça em estabelecimentos próprios, sempre que detetar uma alteração da pele ou das unhas, bem como o aparecimento de calos e calosidades, deve consultar de imediato um especialista em patologias do pé, como é o caso dos podologistas, para tratar convenientemente a patologia de forma elimina-la, evitando assim que esta se torne crónica.
Caixa de texto
Calçado para o dia-a-dia
Principais características a ter em conta
De acordo com a podologista Joana Azevedo existem alguns critérios básicos a ter em consideração na hora de escolher o calçado ideal para o dia-a-dia. Devemos escolher sempre modelos:
- em pele natural ou couro curtido;
- com sola amortecedora e flexível, mas não demasiado mole para que não haja movimentos de torção do pé;
- com frentes amplas, que respeitem a volumetria do pé e dos dedos para que caibam em toda a sua amplitude e se movam dentro do sapato sem sofrerem apertos e deformações;
- com contraforte no calcanhar que sustente o calcanhar e impeça a instabilidade do pé;
- com saltos não superiores a 3 cm.
De salientar, que segundo esta especialista “a altura ideal para comprar sapatos é ao final do dia, quando o pé está mais dilatado”.
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unhas encravadas
Domingo, 24 de Outubro de 2010
Unha Encravada – Onicocriptose
O que é?
Quando a unha penetra na carne junto ao dedo estamos perante uma unha encravada.
A pele forma uma barreira, mas como a unha não pára de crescer e é mais dura, penetra na pele causando dor e inflamação. Nos casos mais severos pode originar infecção com pus e sangramento.
De uma forma geral é mais frequente afectarem o primeiro dedo, mas podem afectar os outros dedos também.
Qual é a causa?
O mau corte: corte excessivamente curto das unhas ou cortar os cantos é a principal causa de unha encravada.
Pessoas activas e desportistas são particularmente atreitas a sofrerem de unha encravada, porque transpiram mais (o que facilita o amolecimento e a quebra das unhas), também estão mais sujeitas a traumatismos e micro traumatismos capazes de lesarem as unhas.
Os jovens que mexem mais nas suas unhas têm mais probabilidade de adquirirem unha encravada, do que as pessoas mais velhas, que não conseguem alcançar os seus pés facilmente.
As pessoas mais velhas que têm unhas muito grossas ou afectadas por fungos, são mais sujeitas a terem unha encravada.
Sapatos e meias apertados podem também empurrar a carne dos dedos junto das unhas, levando a que encravem na pele.
Excesso de transpiração e não mudar o tipo de calçado, concentra mais humidade, o que torna as unhas mais moles e por isso partem mais ficando mais sujeitas a encravar.
Existem outros factores tais como a postura, a forma como anda, deformações do pé como o joanete, dedos em garra ou em martelo, pronação excessiva do pé (queda do pé para dentro), entre outros.
Pode ser grave!
Se deixarmos a unha encravada sem tratamento, a infecção pode alastrar a outras zonas do pé. Quanto mais rapidamente tratar a unha encravada menos a infecção se instala e menos dor tem com o tratamento.
O que posso fazer?
Em primeiro lugar deve aprender a cortar as unhas de forma correcta. Não deve usar corta unhas, nem tesouras, pois não têm formatos de corte apropriados para os dedos e podem cortar excessivamente a unha ou até cortar a carne.
O melhor é usar um alicate de pontas rectas.
Devemos cortar as unhas de forma recta sem cortar ou arredondar os cantos. Os cantos das unhas devem permanecer visíveis e passar por cima da carne.
As unhas devem ser cortadas depois do banho quando estão mais finas e suaves.
Uma boa higiene, como trocar de meias todos os dias, optar por meias de fibras naturais como o algodão, ajudam a manter a integridade das unhas.
No verão use o mais possível sapatos abertos e arejados ou sandálias.
Se é diabético não faça auto tratamentos, como desencravar as unhas a si próprio.
O que o podologista pode fazer por si?
Se a unha encravada não for grave o tratamento passa pela simples remoção da espícula, desinfecção e assepsia do local.
Se houver infecção (granuloma) poderá ser necessário a aplicação ou toma de um antibiótico e ou antininflamatório.
Pode não se tratar de uma verdadeira unha encravada, mas sim de helomas periungueais (calos que crescem junto da unha), se assim for o podologista procede à remoção dos calos e se a unha estiver grossa ou encurvada, poderá rebaixá-la e direccioná-la.
Quando a unha encravada se torna crónica e de difícil resolução com os tratamentos mencionados, o seu Podologista/Podiatra poderá recomendar que faça uma correcção cirúrgica da unha. Trata-se de um processo de reeducação ungueal definitivo que remove entre 8 a 10% da unha. Deixando-a normalizada, sem possibilidade de encravar.
O arrancamento total da unha pode provocar alterações na matriz ungueal que frequentemente provocam deformações ou ausência definitivas da lâmina ungueal.
Após o arrancamento de uma unha os tecidos dos bordos periungueais podem 'invadir' o espaço da lâmina ungueal, que quando nasce novamente encrava ainda mais facilmente.
O arrancamento ou ablação total da unha são totalmente desaconselhados, excepto em situações especiais como em casos de neoplasias, infecções fúngicas com descolamento da lâmina ungueal entre outras.
Joana Azevedo,
Podologista
Quarta-feira, 3 de Outubro de 2007
Nome: maria josé fonseca gouveia aires oliveira
Localidade: fontelo
Pergunta: como evitar que as unhas se encravem?